A Target, uma empresa privada que não é obrigada a seguir as ordens do presidente Donald Trump para dispensar iniciativas de diversidade, equidade e inclusão no ambiente de trabalho, fez justamente isso em janeiro.

A rede com sede em Minnesota anunciou em 24 de janeiro que estava encerrando suas metas de contratação, recrutamento de fornecedores e promoções para mulheres, membros de grupos minoritários raciais, pessoas LGBTQ+, veteranos e pessoas com deficiência.

Embora não seja a única grande empresa a recuar em relação às iniciativas de DEI, a Target está enfrentando uma forte reação dos consumidores e um novo boicote.

Isso se deve em parte ao fato de a Target ter sido anteriormente elogiada como uma empresa inclusiva, tendo feito doações de seis dígitos para grupos que defendem o empoderamento econômico dos negros e a aceitação dos LGBTQ+ no passado.

Outras empresas também recuam nas iniciativas de DEI
Outras empresas como Walmart e John Deere também anunciaram mudanças em suas iniciativas de DEI, segundo a CNN, mas não enfrentaram a mesma ira dos consumidores.

Boicote à Target: Pastor sugere boicote durante a Quaresma


Um pastor de uma megacatedral da região de Atlanta, o Reverendo Jamal Bryant, pediu aos consumidores desiludidos da Target que “fizessem jejum” da varejista durante os 40 dias da Quaresma.

Bryant pediu aos participantes que se abstivessem de comprar na Target, seja presencialmente ou online, e que vendessem ações pessoais e participações na Target Corporation.

“Este é um jejum pela responsabilidade. Um jejum pela justiça. Um jejum por um futuro onde as corporações não se curvem à pressão em detrimento das comunidades marginalizadas. À medida que percorremos esses 40 dias, oremos, reflitamos e agimos — sabendo que nosso sacrifício coletivo pode trazer transformação”, afirma o site do movimento.

Bryant e outros líderes planejam se reunir com o conselho da Target quando o “jejum” terminar, em 17 de abril, para “avaliar se vamos prosseguir para a Fase 2”.

Ainda não foram compartilhados detalhes sobre a segunda fase.

Outros boicotes e protestos econômicos
O boicote à Target é o mais recente de uma série de protestos econômicos anunciados nas últimas semanas. Na semana passada, foi anunciado um “apagão econômico” geral de 24 horas. O movimento, promovido em grande parte nas redes sociais, incentivou as pessoas a não gastar dinheiro durante todo o dia, especialmente em grandes redes. Os organizadores esperavam enviar uma mensagem para as corporações e seus líderes bilionários.

No entanto, o impacto desse movimento não foi claro, de acordo com analistas do varejo. Até a tarde de sexta-feira – no meio do apagão econômico – qualquer retração por parte dos consumidores não era visível, segundo Marshal Cohen, conselheiro-chefe de varejo da empresa de pesquisa de mercado Circana.

“Não parece que alguém está realmente diminuindo os gastos”, disse ele. “Se 5% ou 10% das pessoas deixarem de comprar, isso pode acontecer em qualquer dia devido à chuva.”

A NAACP tem defendido uma abordagem mais direcionada, incentivando os americanos negros a gastarem seu dinheiro com empresas que estão mantendo seus compromissos anteriores com DEI, como Costco, Apple, Ben & Jerry’s, Delta Airlines, e.l.f. Cosmetics e JPMorgan Chase & Co.

Enquanto isso, eles incentivam os consumidores a evitarem empresas que estão recuando, incluindo Target, Lowe’s, Walmart, Tractor Supply, Amazon, Meta e McDonald’s.

O Movimento Latino Freeze também divulgou uma lista de varejistas que incentiva as pessoas a apoiar ou evitar.

“Latinos e Latinas (e qualquer pessoa!) parem de gastar dinheiro”, diz o grupo. “Mantenham a linha. Todos nós podemos fazer um grande impacto simplesmente segurando e não gastando nosso dinheiro.”

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